TROPONINA CARDÍACA - I
Código:
TROPO
Sinônimo:
Troponina cardíaca, cTnI, Troponina I
Material:
Soro congelado
Volume:
1,0 mL
Método:
Quimioluminescência
Volume Lab:
1,0 mL
Rotina:
Diária
Resultado em:
Interferentes:
Ictéricia interfere diminuindo os valores. Hemólise (concentrações de hemoglobina acima de 512mg/dL) e Lipemia (concentrações de triglicerídeos acima de 3000mg/dL)
24h
Temperatura:
Congelado
Estabilidade da amostra:
Ambiente
Refrigerado
Freezer
Hora
Hora
Hora
0
120
720
Coleta:
Jejum não é necessário.
Interpretação:
As troponinas são constituídas por três diferentes proteínas (C, T e I) que estão presentes nos músculos esqueléticos e cardíaco, sendo importantes para o processo contrátil. A troponina I apresenta código genético e seqüência de aminoácidos específica, o que possibilita a sua identificação isolada, sendo útil no diagnóstico de infarto do miocárdio. No miocárdio, encontra-se fortemente ligada ao aparelho contrátil, cujos níveis plasmáticos, em condições normais, são extremamente baixos. A troponina I cardíaca, com peso molecular de 22,5 Kda e as suas duas isoformas de músculo esquelético possuem uma considerável homologia de sequência de aminoácidos, mas a cTnl contem uma sequência adicional de terminal-N altamente especifica para o miocárdio. A troponina I, ao contrário da troponina T, não se eleva em pacientes com insuficiência renal. Esse marcador tem sido apontado como o marcador de lesão miocárdica mais próximo do ideal, com valor prognóstico tanto no infarto como na angina instável. Microinfartos que cursam com os demais marcadores bioquímicos normais, podem apresentar níveis elevados de troponina. Para a Organização Mundial de Saúde, para o diagnóstico de IAM é necessária a presença de dois critérios, entre: precordialgia com duração igual ou superior a 30 minutos, alterações eletrocardiográficas compatíveis e alteração dos marcadores bioquímicos. E a troponina I é superior a qualquer outro marcador. Indicações: Marcador bioquímico do infarto do miocárdio com alta sensibilidade e especificidade, útil tanto no diagnóstico como no acompanhamento da evolução, além de ser um marcador prognóstico. Interpretação clínica: Após a ocorrência de dano cardíaco, a Troponina I é liberada no sangue de 4 a 6 horas após o início da dor. O padrão de liberação de Troponina I é similar à CK-MB, porém, enquanto os níveis de CK-MB retornam ao normal após 72 horas, a Troponina I permanece elevada por 6-10 dias, fornecendo assim uma janela maior para a detecção de dano cardíaco. Valores normais de Troponina excluem lesão miocárdica em pacientes com CK elevada. Apresenta sensibilidade de 33% nas primeiras duas horas, 50% entre 2 e 4 horas, 75% entre 4 e 8 horas, aproximando-se de 100% em oito horas após o início do quadro e até 6 dias. Sua especificidade aproxima-se de 100%. Comparando-se com a CK-MB, observa-se uma concordância de 85%. Avaliações seriadas de Troponina I são úteis no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio (IAM), recomendando-se controles a cada 6 a 8 horas nas primeiras 48 horas após o início do quadro. No diagnóstico de IAM em pós-operatórios, quando os níveis de CK-MB podem estar elevados devido à lesão muscular a Troponina I é o único marcador cardíaco que não se altera nas lesões da musculatura cardíaca, sendo a mais específica para o diagnóstico: eleva-se entre 4 e 6 horas após o início do quadro, com pico após 10 a 24 horas, permanecendo elevada por 4 a 7 dias. Apresenta sensibilidade superior a 98% (no pico) e especificidade de 95%. A Troponina também pode estar elevada, em menores níveis, na angina instável, no trauma cardíaco, no transplante cardíaco, em cirurgias de revascularização miocárdica, insuficiência cardíaca e miocardite. Sugestão de leitura complementar: Antman, EM, Hand, M, Armstrong, PW, et al. 2007 focused update of the ACC/AHA 2004 Guidelines for the Management of Patients With ST-Elevation Myocardial Infarction: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines (Writing Group to Review New Evidence and Update the ACC/AHA 2004 Guidelines for the Management of Patients With ST-Elevation Myocardial Infarction). J Am Coll Cardiol. 2008;51:210-47 Wilkins JT, Lloyd-Jones DM. Are novel serum biomarkers informative? Med Clin North Am 2012; 96(1): 1-11
Referência:
Até 1,0 ng/mL
Sensibilidade analítica: 0,2 ng/mL